A DOR DO LOUCO
A fonte de lágriams tem secado
Embora a fonte de dor prossiga aberta
A ferida chagada ainda coberta
Já exala um odor contaminado
Com o cheiro da morte acostumado
Segue o louco seu caminho, mas descontente
Fere a si e fere a outros no presente
Sem guardar sua loucura na memória
E assim destrói o louco a sua história
SINTO A DOR QUE O LOUCO TAMBÉM SENTE
Cada passo que dá leva consigo
A maldade da serpente nele encrustrada
E com fogo sai fazendo a sua estrada
Sem ter paz, sem amor, sem ter amigo
O mais íntimo do seu peito é inimigo
Como ovelha, mas por dentro uma serpente
Quando fala a verdade ainda mente
Pela alma e coração é torturado
Eu contemplo comovido o seu estado
SINTO A DOR QUE O LOUCO TAMBÉM SENTE
Recife, 26.01.2006