A DOR DO LOUCO

A fonte de lágriams tem secado

Embora a fonte de dor prossiga aberta

A ferida chagada ainda coberta

Já exala um odor contaminado

Com o cheiro da morte acostumado

Segue o louco seu caminho, mas descontente

Fere a si e fere a outros no presente

Sem guardar sua loucura na memória

E assim destrói o louco a sua história

SINTO A DOR QUE O LOUCO TAMBÉM SENTE

Cada passo que dá leva consigo

A maldade da serpente nele encrustrada

E com fogo sai fazendo a sua estrada

Sem ter paz, sem amor, sem ter amigo

O mais íntimo do seu peito é inimigo

Como ovelha, mas por dentro uma serpente

Quando fala a verdade ainda mente

Pela alma e coração é torturado

Eu contemplo comovido o seu estado

SINTO A DOR QUE O LOUCO TAMBÉM SENTE

Recife, 26.01.2006

djalma marques
Enviado por djalma marques em 21/03/2006
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T126155
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