FEITURA DO POEMA
A mão faz cair,
em tinta, da mente,
um fino filete,
veloz, semovente.
No papel, o jogo
chão do pensamento,
a pular, se escorre,
sutil, ver o vento.
Cada linha torta
plasma-se, listando
a lauda que fora,
antes, como e quando.
E, por fim, já feito,
ei-lo, o poema, tudo
sonhar e quimeras,
eloquente e mudo.
Fort., 02/11/2008