FEITURA DO POEMA

A mão faz cair,

em tinta, da mente,

um fino filete,

veloz, semovente.

No papel, o jogo

chão do pensamento,

a pular, se escorre,

sutil, ver o vento.

Cada linha torta

plasma-se, listando

a lauda que fora,

antes, como e quando.

E, por fim, já feito,

ei-lo, o poema, tudo

sonhar e quimeras,

eloquente e mudo.

Fort., 02/11/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 02/11/2008
Código do texto: T1261343
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.