No Bar
Esta música não vale nada
Definitivamente
Música vagabunda
Sem vergonha
Os carros que passam
Fedem a plebe e mediocridade
Quero ser artista
Fumar como um artista
E ser um gênio da foda
Brigar como os marginais sem futuro
Degustar o rabo da garçonete
A cerveja está quente
O diabo gosta de altas temperaturas
Verão e Anápolis
(a cidade mais suja onde nasci)
Cinza equilibrista
Cigarro sem metafísica
Copo
Com cerveja para eu beber
Beberei
É a bebida dos deuses sem chances
Mesa de bar
Amigos desengonçados sedentos por
Cerveja e atenção
Desordem
Comer e engordar
Trepar e ficar fortinho
No bar vagabundo
Dos deuses e dos gênios
Esquece!
Não planejava um devaneio
Sobre a condição do homem
É sobre este bar (não tão imundo)
Sobre o...
Esquece!
Beber é melhor
Melhor que bater? Que amar?
Que bater punheta?
Bebamos
Amigos de infortúnio
Nesta noite clara, barulhenta e vagabunda
Não repitamos os nossos pontos
Só repitamos os copos de bebida