No Bar

Esta música não vale nada

Definitivamente

Música vagabunda

Sem vergonha

Os carros que passam

Fedem a plebe e mediocridade

Quero ser artista

Fumar como um artista

E ser um gênio da foda

Brigar como os marginais sem futuro

Degustar o rabo da garçonete

A cerveja está quente

O diabo gosta de altas temperaturas

Verão e Anápolis

(a cidade mais suja onde nasci)

Cinza equilibrista

Cigarro sem metafísica

Copo

Com cerveja para eu beber

Beberei

É a bebida dos deuses sem chances

Mesa de bar

Amigos desengonçados sedentos por

Cerveja e atenção

Desordem

Comer e engordar

Trepar e ficar fortinho

No bar vagabundo

Dos deuses e dos gênios

Esquece!

Não planejava um devaneio

Sobre a condição do homem

É sobre este bar (não tão imundo)

Sobre o...

Esquece!

Beber é melhor

Melhor que bater? Que amar?

Que bater punheta?

Bebamos

Amigos de infortúnio

Nesta noite clara, barulhenta e vagabunda

Não repitamos os nossos pontos

Só repitamos os copos de bebida

Leonardo Priori
Enviado por Leonardo Priori em 02/11/2008
Reeditado em 20/01/2009
Código do texto: T1261211