Ternura

Lagrimas não fruem com facilidade

Dos medos que afligem minha alma

Somente a injuria que sangra

Com o vinho fácil em doce amargura

E o riso farto que semeia

O cálido ardor de um beijo seu

Dos vastos seios que ofertas

O meu prazer contempla sua ternura

Numa desvairada insensatez prematura

Que se esvai em desatada ira

Bebendo do cálice esse pesar

Que em comum acordo liberta

Um incontrolável desespero

E nos consumimos em lamentos

Arrebatados a um paraíso negro

Onde ardemos consumidos pelo gozo

De tão jocoso na sua entrega

Esfrega na minha cara esse carinho

E da suave luta entre nosso querer

A duvida de ter e estar sozinho