A outra
No infinito território de meu ser
que pouco a pouco exploro
encontrei “a outra”
parte sufocada de mim mesma.
Percebi que não me conhecia.
Na parcela de meu chão interior
que me foi destinada a viver
- e se torna insuficiente dia a dia -
me descobri aos poucos.
Estranhei-me.
Tive que aprender a falar
comigo mesma
e conhecer esse universo
que me foi negado à vida.
Viajei aos espaços longínquos
de mim mesma.
Penetrei nesse universo desconhecido
aprendi a ver de novo
o que dava por entendido.
Pouco a pouco invado e tomo posse
rompendo cercas,
as fronteiras de meu ser
num exercício infinito.
Por vezes, ao anoitecer
quero ficar só
e já não é mais possível:
quando meu eu exausto quer silencio
o meu eu sufocado
quer dialogar comigo...
Cuiabá, 1º. de Novembro de 2008.
(Escrito originalmente em 1977, depois revisto)
Livro: REALEJO, páginas 107 - 108
No infinito território de meu ser
que pouco a pouco exploro
encontrei “a outra”
parte sufocada de mim mesma.
Percebi que não me conhecia.
Na parcela de meu chão interior
que me foi destinada a viver
- e se torna insuficiente dia a dia -
me descobri aos poucos.
Estranhei-me.
Tive que aprender a falar
comigo mesma
e conhecer esse universo
que me foi negado à vida.
Viajei aos espaços longínquos
de mim mesma.
Penetrei nesse universo desconhecido
aprendi a ver de novo
o que dava por entendido.
Pouco a pouco invado e tomo posse
rompendo cercas,
as fronteiras de meu ser
num exercício infinito.
Por vezes, ao anoitecer
quero ficar só
e já não é mais possível:
quando meu eu exausto quer silencio
o meu eu sufocado
quer dialogar comigo...
Cuiabá, 1º. de Novembro de 2008.
(Escrito originalmente em 1977, depois revisto)
Livro: REALEJO, páginas 107 - 108