Estranho antigo

É mais noite do que parece

Como a alma que antecede

Como brilho que acende e marca

que ascende e nasce

que aparece e atinge

No íntimo, âmago

No instinto amargo

No breu do silêncio secreto

É palavra que cala

É o sentir que exala

Estranho saber

daquilo que vem

chega sem querer

o desconhecido

que não é temido

É tão esperado

ainda calado

deixa-se perceber

Fogo Selvagem
Enviado por Fogo Selvagem em 20/03/2006
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