LUA DO AMOR
Mais um poema resgatado do ano de 1972.
Lua alva e calva
Que alivia dia a dia
Todas as inglórias e vitórias
Da alma, da calma.
De um poeta. De um profeta.
Dos namorados
Enamorados.
Da esperança.
Da lembrança de criança.
Ó lua
Que é minha. Que é tua.
Que são de todos os pobres
E também dos nobres.
Que é do feliz
Que de triste diz que é infeliz.
Porque vive sem o amor
Sem a dor.
Oh lua dos pintores
Dos prosadores dos amores
Das flores que floram
Que coram
A vida sofrida
Ou perdida
Por alguém
Ou talvez ninguém.
Oh lua que vem ao meu espírito
Ao meu grito
A minha mente. Como semente
Que pouco a pouco
Deixa-me louco
De sofredor. De amor.
De dor...
E de rancor...