Carecer...
Eu carecia de uma saudade,
de verdade...
Saudade de perder,
a cabeça.
E atravessar a Rio Branco pelado.
Saudade de mãe pra filho.
Saudade remota e desesperante.
Saudade como a abissal vontade,
para com o outro.
Que me entorpece de dia,
e me embriaga à noite.
É como vivo.
Sem norte...
Sem rumo...
Ninguém precisa saber,
mas sinto...
Sinto saudade...
É fraqueza.
Mas sinto...
Cabe a mim e somente...
Mas sinto...
Esquecer...
Não sei...
Mas sinto...
E nesse sentir constante,
e maluco,
Sinto-me completo.
Cheio de um infinito sem nome,
e tudo que não tem nome me interessa.
Tudo que é inominável me interessa.
Tudo que não é limite me interessa.