Carecer...

Eu carecia de uma saudade,

de verdade...

Saudade de perder,

a cabeça.

E atravessar a Rio Branco pelado.

Saudade de mãe pra filho.

Saudade remota e desesperante.

Saudade como a abissal vontade,

para com o outro.

Que me entorpece de dia,

e me embriaga à noite.

É como vivo.

Sem norte...

Sem rumo...

Ninguém precisa saber,

mas sinto...

Sinto saudade...

É fraqueza.

Mas sinto...

Cabe a mim e somente...

Mas sinto...

Esquecer...

Não sei...

Mas sinto...

E nesse sentir constante,

e maluco,

Sinto-me completo.

Cheio de um infinito sem nome,

e tudo que não tem nome me interessa.

Tudo que é inominável me interessa.

Tudo que não é limite me interessa.

N Lago
Enviado por N Lago em 01/11/2008
Código do texto: T1259343
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