NÃO ACORDEM MINHA MORTE

NÃO ACORDEM MINHA MORTE

Não acordem minha morte

que descansa adormecida...

E que à alma não importe

se a morte é sono da vida.

Minha carne não acordem

e nem do sangue exaurido

o fluído que em desordem

deixa-me o corpo esvaído.

Dêem pó para minh’alma

que de mais nada precisa

senão do canto da calma

que de amor não agoniza.

Não acordem minha vida

que está só desacordada

e que a alma amortecida

só me acorde despertada.

E da morte não desperte

a minh’alma adormecida

e da vida ainda me reste

o outro lado desta vida...

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 01/11/2008
Código do texto: T1259313
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