A VOLÚPIA DE PSIQUÊ
Ouvi falar
que escreves
como a beleza
de Psiquê.
O que?
Como te atreves?
Por acaso desafias
a ira de Afrodite
rabiscando poesias
que enfeitiçam Cupido.
Corres risco poetisa !
Não sabes o que te espera !
Paixão não é libido
É tormento
Sofrimento.
Mas,
insistes
e, no seu sono forçado
acolhes teu amado
acreditando ser serpente.
Deitas!
Gozas!
Gerando volúpia
E Eros capitula
Não resiste
Submete-se
Corre risco
Vai à Zeus
Implora
Chora
E, até mesmo um deus
Sucumbe aos apelos
Seus.
Cuidado poetisa !
Tu és profetisa?
Sei que és bela.
Mas,
cautela !