Imagine 13.

Imagine eu deixar de escrever

E passar o dia sentado na sargeta

E olhar pra tudo sem querer ver

Por pra fora a minha alma birrenta.

Imagine eu chorando sem lagrima

Gritando e niguem ouvir

Numa luta de esgrima

Morrendo sem se ferir.

Imagine uma cruel saudade

Vinte e seis horas por dia

Um coração se afastando da realidade

A beira de uma tempestuosa agonia.

Imagine eu falando com a lua

Em busca somente de um conselho

Imagine que estou vendo a imagem tua

Toda vez que eu tento me mirar no espelho.

Imagine a minha ex meiga viola

Declarando para mim uma greve

A minha caneta,dizendo voce me amola

Com tanta as neiras que escreve.

Imgine um grito da minha alma

Na mesma frequencia dessa paixão

Imagine a brisa meiga e calma

Tentando esfriar o meu agitado coração.

Imagine um jardim imenso

Sem sequer uma pequena flor branca

Imagine eu de joelho orando o que penso

Sobre essa paixão que me desbanca.

Imagine uma doce criança

Que quer apenas carinho

Imagine como seria cruel a vingança

Não da flor mas do espinho.

Imagine um mar revolto

E uma praia sem areia

Imagine o meu desconforto

Com essa paixão que mes desnorteia.

Imagine uma formiga maldita

Adentrar a noite no meu jardim

E da rosa branca mais bonita

Repicar as petalas pondo na beleza um fim.

Imagine voce lendo tudo isso

Só um emaranhado sem nexo

Não é falta de respeito ou compromisso

É só a poesia no auge do seu complexo.

Imagine a sua paz sendo roubada

Por uma visão doce e enigmatica

Minha alma de paixão embriagada

Por uma flor branca carismatica.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 31/10/2008
Código do texto: T1258991
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