Virtude
Agora que és vendaval,
Agora, transformada em tormenta,
Comigo ao menos seja generosa
Pois te cuidei amavelmente
Como quem cuida de uma rosa.
E que esta mágoa
Que te turva o olhar,
Ao me ver em tí se compadeça.
Humildemente te ofereço o colo
Para refrescares a cabeça.
Que a virtude do perdão
Te faça leve essência,
De se perfumar em louvação
E campos vibrantes de flores
A primavera em sagração!
Te quero brisa,
Para afagar os meus cabelos!