PREGO

Tenho cabeça chata,

Todo mundo me maltrata,

Fui feito pra apanhar.

Meu corpo comprido e fino

Parece de um menino

Que fica sem almoçar.

Tenho meu pé pontudo,

Mas, sapatilha não uso,

Pois não consigo dançar.

Uns me batem com martelo

Outros com o que há.

Uns me deixam barrigudo,

Outros me fazem entortar.

Mas se a batida é perfeita

Não tem como reclamar.

Assim vou unindo coisas,

Alimentando meu ego.

Talvez por isso, ao nascer,

Me deram o nome de PREGO.

Poeta dos Mares
Enviado por Poeta dos Mares em 31/10/2008
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T1258436
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