PREGO
Tenho cabeça chata,
Todo mundo me maltrata,
Fui feito pra apanhar.
Meu corpo comprido e fino
Parece de um menino
Que fica sem almoçar.
Tenho meu pé pontudo,
Mas, sapatilha não uso,
Pois não consigo dançar.
Uns me batem com martelo
Outros com o que há.
Uns me deixam barrigudo,
Outros me fazem entortar.
Mas se a batida é perfeita
Não tem como reclamar.
Assim vou unindo coisas,
Alimentando meu ego.
Talvez por isso, ao nascer,
Me deram o nome de PREGO.