Recado inofensivo como eu
Faz-me ri,
Pobre cristão vestido de ateu...
A rigidez de tuas rimas ocas
Jamais tocará os sólidos-pilares-intelectuais
Que sustentam meu ego, minha postura...
Onde vês corpo,
Eu vejo máquina;
Onde vês pecado,
Eu vejo natureza;
Sou apaixonada pela vida...
Sentes inveja?
Tente amar com os sentidos,
Não precisarás da tua razão para isso.
É inútil pintar o mundo da cor de tua camisa,
A vida tem cores claras...
Se tens medo,
Foge...
Foge para dentro de ti,
Recalca-te até sumires de minha vista,
A grandeza do meu prazer de viver
Faz-me ter nojo dessa tua muleta
Que chamas “Racionalidade”.
Lívia Noronha.
Belém, 30 de outubro de 2008.