O pintor de palavras
Vivia numa casa pequenina
Como é costume e feitio
Sem grandes janelas ou espaços
Mas que existiam, quando ele queria,
O pintor de palavras
Trabalhava por encomenda
Cobrindo a metro
Os jornais que o alimentavam
Mas guardava os milímetros preciosos para si,
O pintor de palavras
Uma vez por outra
Lá utilizava algumas cores
Mas só nas montanhas mais altas
Lançando-as ao vento
Deixando-as voar solitárias
Para logo se agruparem em bando
Escrevendo a alma
Deste
Pintor de palavras
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