FOTOPOEMA
Agora olho quem não és mais...
Estás presentausente,
cativo num segundo eterno.
Tão distante, em silêncio absoluto;
tão próximo, ouço ainda tua voz.
Estás aqui, tão fora e íntimo,
tão inacessível e misterioso
como o vento que te levou.
Tua imagem eu vejo imobilizada
no tempo sem tempo e desejo...
ter-te por inteiro, sentir teu cheiro,
escutar teus passos,
aninhar-me em teus braços
agora, neste fotopoema,
re(vi)ver-te.
Lina Meirelles
Rio, 28.10.08