POIS É...QUANTO TEMPO
Lento e sábio, o tempo passou.
Sábio e dominante, o amor chegou.
Vezes,
Alegria no semblante,
Sorriso nos lábios.
Outras vezes,
Tristeza no olhar,
Lágrimas nos olhos.
Mesclado,
O tempo teimou em se apresentar
Com dias de sol e de luz.
Com dias turvos e de sombras.
Quando muito parecia triste
E embaçado pelas lágrimas,
A alma clara, transparente e reluzente,
Abria uma fresta no tempo
E,... bem devagar,
Polia o que estava posto como feio e sem brilho.
Adornava o desencanto,
Untava o que parecia imóvel
E,... acontecia um movimento:
Rompia-se com o tosco
E,... novamente o novo acontecia:
Voltavam a luz, o sorriso e o encanto.
Pois é... quanto tempo
Para entender que qualquer tempo é tempo,
Para sofrer,
Sorrir,
Amar
E viver.
Rui Azevedo – 28.10.2008