FAVELANDO

Sombria luz de vela
conduz teus olhos
entre assoalhos
vidros fértidos e febris
entre
fados calados favelas

sóbria cruz sobre ela
fome boceja sibilinos uivos
sangue cochila nos
travesseiros cinzentos
das caçadas
entre
fadas calcinadas favelas

sobra pus dentro dela
riso abortado
pássaro
sobrevoa teimosas almas
esqueléticas
entre
facas ceifando favelas

sombra atroz sentinela
silêncio aflito
anuncia vozes de ferros
a hora é de fuga,rugas
mórbidas despedidas
entre
dores sutis
fuzis e quimeras
flácidas contidas favelas.
Prof Sebah Andrade
Enviado por Prof Sebah Andrade em 28/10/2008
Reeditado em 03/03/2010
Código do texto: T1252435
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