ROSEIRAIS...
Roseirais que afloram, multicôres,
à beira dos caminhos infindos,
cuidando-se, se vém e se vai,
se vai e se vém, esquivando-se
de seus ponteagudos espinhos.
Logo, bém logo, se deixar se vai
de se espetar, sempre que,
o vento os balança, óhh, roseirais
dos caminhos infindos eternais,
suas rosas, caírão sobre eles.
E, ao caírem, suas rosas lindas,
no após-morte de suas vidas,
dormir se irá tranquilo sono,
vendo em sonho, os beija-flôres
à procura de seus nectares.
Eles, todos, que beijavam
suas flôres, óhh, roseirais,
que os caminhos enfeitavam,
que as narinas inalavam
o ar perfumístico de aoma seu.