NOTURNO (1)

A noite já vai alta...

Eu te espreito na memória

como quem espera matar-se

- não de não mais viver -,

mas matar-me de tanto amar-te.

E tu, como ninguém mais,

sabes quanto não tenho tido paz,

isto por te amar, e te amar,

até (de amar) ressuscitar-me.

Fort., 28/10/2008.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 28/10/2008
Reeditado em 24/09/2009
Código do texto: T1251934
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