Vento

Oh, Vento! Não sejas, assim, apressado

Passas tão ligeiramente

Que mesmo antes que a gente

Possa ter-te notado

Já estas de partida novamente

Ah, Vento! Não sejas afoito demais

Chegas a ser desnorteado

Passas deixando de lado

Sutilezas colossais

Sendo tão estabanado...

Vento! Sossegues um pouco também

Não sejas precipitado

Sendo, pois, tão descuidado

Neste eterno vai e vem

Hás de ser, por ti mesmo, enganado

Vento, vento! ...

Não sejas tão desatento

Vem de mansinho aqui

Envolver quem te observa

Vento! Detém um pouco do tempo

Num momento junto a ti

Enquanto ele te conserva...

Vento! Vai com calma ao teu destino

Não sejas tolo e mesquinho

Zombando da natureza

Vento! És gigante pequenino

Não passas de um menino

Com mania de grandeza!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 22/04/2005
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