QUANDO

Quando me conheceres
Saberás que não temo dizer o que sinto
Saberás que não temo dizer porque sinto

Saberás que sou um brado
Clamando pelo que é verdadeiro
Saberás que sou guerreiro
E não me furto em lutar

Quando me conheceres
Verás que não me nego à ventania
Com medo do que o vento me traz

Sou a brisa que apraz
Sou o furacão atroz

Quando me conheceres
Vento, ventania, brisa, aragem, tormenta, suspiro, soluço, bocejo, afago, gracejo.

Quando verdes minha eurritmia
Saberás que não temo o passo. Temo detê-lo.
Por isso me faço regaço pra quem me precisa. 
Mas também peço colo se necessito tê-lo.

Sou a proa de cara ao vento
Abrindo caminho, deixando meu rastro
Depois de um tempo é que percebo
Por onde eu passo o estrago que faço