ATALHO
Estou aqui.
Não sei como aqui cheguei,
nem que pedras tropecei,
sei que as mãos me doem
de tactear o caminho,
e os pés, em chagas,
me lembram que o destino,
não foi de arestas limadas,
mas de pregos facetados
em espinho.
Estou aqui.
Nem sei quanto demorei,
não me cruzei com o Tempo,
dele, sequer o rasto sei,
por ter fugido de mim
como um ladrão furtivo
que me roubou, dia a dia,
o pecúlio duma vida
que insisto em moirar...
mesmo vazia...
Estou aqui...
mas nem eu própria sei ao certo
se me acerto,
se me falho
-céu aberto?
escuro atalho?-
se estou perto,
ou nada valho...
Estou aqui.
Não sei como aqui cheguei,
nem que pedras tropecei,
sei que as mãos me doem
de tactear o caminho,
e os pés, em chagas,
me lembram que o destino,
não foi de arestas limadas,
mas de pregos facetados
em espinho.
Estou aqui.
Nem sei quanto demorei,
não me cruzei com o Tempo,
dele, sequer o rasto sei,
por ter fugido de mim
como um ladrão furtivo
que me roubou, dia a dia,
o pecúlio duma vida
que insisto em moirar...
mesmo vazia...
Estou aqui...
mas nem eu própria sei ao certo
se me acerto,
se me falho
-céu aberto?
escuro atalho?-
se estou perto,
ou nada valho...