SE EU SOUBESSE
Eu não sabia
Que não saber nada
Era saber tudo
E por conta de silogismos
Negar a realidade dos fatos
Com a impunidade
E o véu da moralidade "imoral"
Dos que alcançam
Os fins justificando os seus meios
Bastaria...
Se eu soubesse
Que a quem nada sabe
Tendo o ofício de saber
Dispensa a responsabilidade
Pelos seus atos
Não me faria vexado
Pelo que vejo acontecer.
Mas, nesse cenário patético
Já cético
Vejo as coisas acontecerem
E vou no meu caminho
Retirando espinhos
Plantando a minha solitária semente
Que não mente pra mim e pra ninguém...
A moral minha e a sua também
Não se contamina pelo lodaçal.