Salém
Velha como Matusalém
és a terra de todos e de ninguém.
Serás a ponte para o Além?
Ali se mata com bomba,
reza-se na sombra
e de tudo se pede,
num pedir que não se mede.
Santa Terra Sagrada
e herança disputada.
De tantas feridas não curadas
e de tantas dores não saradas.
Vê-se o turbante
da gente do Levante.
E o terno escuro
de quem se diz puro.
Mas é um duro viver tão duro.
Tão longe da paz que eu procuro. . .