EPOPÉIA DO PLANETA AZUL

Eu giro minha cabeça num planeta azul
Planeta que insiste em ser ainda azul,
E verde, e branco e preto,
Muitos matizes

Mas nada detém o cinza imperador
O cinza que impera sobre toda a dor
E a dor parece infinita,
Faminta

Eu sonho que um dia este planeta azul
Que na verdade já não é assim tão azul
Irrompa em um grito avassalador
Que arrebate o cinza imperador
E amenize a dor,
Extinga.

Que seja como um vômito aliviador
Limpando as entranhas de um mundo febril
Um mundo que já não é assim tão anil
Mas tem em si gentis

Eu canto em ode a este mundo de muitas cores
De arvores frondosas e frutos de múltiplos sabores
Para que ouçam em meu hino de menino
O suplicio, o indicio do inicio...
Do precipício

Que em tempo possam desviar deste caminho
E navegar
Em brandas águas cristalinas e respirar
Um ar mais puro, integro e vislumbrar
um planeta
Que seja
Realmente
Do mais puro
azul
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 25/10/2008
Reeditado em 17/06/2011
Código do texto: T1246991
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