CERCEIO
Este silêncio parece de veludo,
mas é velado, abafado - absurdo.
Chega e dita-me suas regras.
Passa-me por cima - tritura -
e me lança em mar profundo,
na amargura que me afunda.
Ah, ele me faz uma cerceadura.
A maré engana, a tudo inunda,
circunda, assola - e é sepultura.
Silvia Regina Costa Lima
15 de outubro de 2008