CERCEIO


Este silêncio parece de veludo,
mas é velado, abafado - absurdo.
Chega e dita-me suas regras.

Passa-me por cima - tritura -
e me lança em mar profundo,
na amargura que me afunda.

Ah, ele me faz uma cerceadura.

A maré engana, a tudo inunda,
circunda, assola - e é sepultura.

Silvia Regina Costa Lima
15 de outubro de 2008
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 24/10/2008
Reeditado em 08/11/2008
Código do texto: T1246644
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