ORAÇÃO MATUTINA DO POETA

Vida, dá-me a poesia quotidiana

Que é o meu alimento espiritual

Dá-me as palavras certas

Para que eu possa escrever

Os mais belos poemas

De minha vida

Dá-me, ó vida minha querida

Os sentimentos

Mais profundos

De todas as diversidades

Amor, ódio, tristeza, vazio

(Porque o vácuo contém o Universo)

Pena, medo, dúvida

(Porque a dúvida traz

Para tudo respostas)

Vergonha, contrição

Jactância, orgulho, razão

Loucura

Dá-me os mais variados

Pensamentos

Loucura, devaneio

Et coetera...

Dá-me o ar inspiratório

Aquele que assopra aos meus

Ouvidos as melhores palavras

Seletas

Dá-me o desejo e a força

Para escrever

E nunca, nunca jamais

Me faças ou me deixes

Perder o mais essencial

O mais importante

Que és tu

E nunca jamais permitas

Que eu deixe de poetizar

E nunca jamais... jamais

Falte um poeta nesta superfície terrestre

Porque, se, um dia, acontecer

[tal catástrofe

Estaremos perdimos

Se findará o mundo

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 24/10/2008
Código do texto: T1245757
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