VISEIRA (Abra os cadeados mentais)

Os ensinamentos, os alicerces da construção da concepção,

o fruto da nostalgia, o sol que erradia o dia.

os caminhos, os segmentos, os movimentos

os dons e os elementos.

A sombra do corpo encerando a calçada,

a vida demarcada, as pegadas dos andarilhos,

o chão sem ladrilhos.

o compromisso, o ser omisso,

a ferida e a roupa rasgada

a cicatriz e a boca tampada.

minha voz demarcada, um território marcado,

sangue estancado, portão trancado,

e um cadeado fecha os olhos.

uma alegria dura menos que uma alergia,

um boné sem a parte superior que cobre a cabeça, é uma viseira, como se fosse uma cama sem cabeceira.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 23/10/2008
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