Desespero
Palavras, navalhas que ferem
mundos de armadilhas que rasgam o silêncio
arrancam prantos, jorram medos,feridas !
Verbos mortos ,frases surdas ,gritos loucos
que percorrem ruas ,não agasalham
deságuam letras no esgoto.
Há nós que não dissolvo
me torno moribunda naquele corte
do haver sangramento tão forte.
Na brancura, na rasura
do papel sem sinais de tinta
abandono versos cegos ,sem alma.
23/10/08