Desespero

Palavras, navalhas que ferem

mundos de armadilhas que rasgam o silêncio

arrancam prantos, jorram medos,feridas !

Verbos mortos ,frases surdas ,gritos loucos

que percorrem ruas ,não agasalham

deságuam letras no esgoto.

Há nós que não dissolvo

me torno moribunda naquele corte

do haver sangramento tão forte.

Na brancura, na rasura

do papel sem sinais de tinta

abandono versos cegos ,sem alma.

23/10/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 23/10/2008
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