Tera rosa, cor de mágoa.
As escadas tão vazias sem você, amigo... e o seu nome ali a me olhar...
Meu passado, algumas pautas impressas
foi você quem escreveu.
Chove no papel.
grande é o vazio deixado por sua ausência,
maior ainda o medo de admitir minha indignação.
Quero e busco uma resposta em que confie,
grande a dúvida que insola e assola minha cabeça:
foi Deus ou o Diabo?
Do destino, em que não creio, quem é o dono?
Se tua vitória foi, mesmo assim sinto-me mal.
Candelabros, candeias, velas todas a velar;
vozes caladas, maltratadas e atadas...
pés e mãos me dêem abrigo;
debaixo da terra, quem de nós melhor seria?
Devaneio e de novo volto...
seu nome a me olhar! Calado, estático;
e a chuva quebrando meu sono infecundo.
Sobre a rocha ou sobre a tocha,
sobre meus santos, santos nomes em vão, então.
Onde será tua gloria, amigo?
Sendo assim, seja feliz que tudo passa...
só em minha tinta e em mim,
só assim continua a saudade, o vazio, a falta.
E a dúvida:
Foi de bem ou de mal?