Quinze

Tudo tão perto…

quem me dera o amor me encontrasse...

Quanta flor no meu jardim sem um beija-flor...

Quanto frio e quanto calor.

Vento que sopra de lá,

não sei se é do norte que vem,

que corra por aí procurando o meu bem.

Quanta flor no jardim...

quem sabe alguém beije uma pra mim.

Chuva que cai como vinho,

que molha meu rosto e as pedras do cais...

do mar, soberano mar, uma estrela...

mas, tanto faz...

Tenho um céu imenso abaixo dos pés

e cultivo rosas brancas no meu jardim...

quem sabe alguém beije uma pra mim.

Chuva, que chove do nada...

lava as ruas e apaga o giz,

talvez seja só um sorriso,

que não tenho, mas sempre quis.

Pétalas caem no chão,

cobrindo o vazio de um coração.

Quem me dera aprendesse amar...

quando tudo o que resta é sonhar.

E as palavras se unem para expressar a alegria,

essa que eu sinto todos os dias...

no eclipse da rosa com o beija-flor...

deixando amor.

Madrugada que desce mansa,

invade os jardins de chuva com prata,

derramando estrelas nos olhos do poeta...

que grande alegria, são ruas desertas!

Ruas desertas...

Sol que é o rei da hora,

que invade os jardins de rosas sem demora...

brilha em meus olhos e clareia minha face

com a certeza de que a vida renasceu...

Reilia Leão Ferreira (I)
Enviado por Reilia Leão Ferreira (I) em 22/10/2008
Código do texto: T1242758
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