MULHER II

Caminho nua, sem pressa.

Qual bolha de sabão a flutuar.

Que ao leve toque

Desmancha-se no ar.

Mulher de ciclos e fases

Que com a vida fez as pazes.

Mulher que, como flor, fenece,

Sabe o tempo que tem.

Nada a temer, nem lamentar.

Desmancho e me refaço,

No instante em que adormeço.

O que em mim permanece?

O desejo e o exercício árduo.

De amar, amar e amar!

Vila Velha/ES - 22/10/2008

Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 22/10/2008
Reeditado em 01/08/2010
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