ENSAIO
Nem vadia, nem casta:
Fêmea.
Namoro com a morte
De uns parcos princípios
No começo do fim
Do dia que veio antes
Do que não desacontece.
Nem riso, nem siso
Nem cio, nem reza
No fio dessa navalha
Alta-tensão bifacetada
Eu só queria te dar
Um guarda-chuva de sonhos
Pr’os dias equilibristas
Que tiquetaqueiam chuvas.
Hora cheia no meu relógio
E a maré dos teus ponteiros
Lambendo a linha do tempo
Entre o sim e o não (e o vão dos meus medos)
No revez da razão
Através
- entrevejo.