O poeta reinventa
Mais do que contar,
o poeta imagina,
ajusta e reinventa
o que jamais vivenciou.
Materializa pequenos infernos
largos, obscuros,
castelos, luas brancas,
paz de búzios encravados
em praias distantes.
Acolhe na nuvem difusa
d’alma,
o grito das gaivotas
vagando na memória
das tardes futuras
e depois
com a propriedade dos visionários,
visceral e salutar,
descortina tudo.
Do meu livro: "Girassóis ao meio-dia"
AVBL- SP - 2008