O poeta reinventa

Mais do que contar,

o poeta imagina,

ajusta e reinventa

o que jamais vivenciou.

Materializa pequenos infernos

largos, obscuros,

castelos, luas brancas,

paz de búzios encravados

em praias distantes.

Acolhe na nuvem difusa

d’alma,

o grito das gaivotas

vagando na memória

das tardes futuras

e depois

com a propriedade dos visionários,

visceral e salutar,

descortina tudo.

Do meu livro: "Girassóis ao meio-dia"

AVBL- SP - 2008

Cissa de Oliveira
Enviado por Cissa de Oliveira em 22/10/2008
Reeditado em 22/03/2009
Código do texto: T1241841