Verde, vinha, levantou...

Verde, vinha, levantou

Aquele copo voa

Rápido de mão em mão

E a cada gole

Turvam-se mais e mais

As tuas vistas

Vinho, quero vinho

Pouco importa

Se és caneca, se és copo

Ou se tuas pernas

Estão inchadas

Oh! seu verme, vens me dizer

E se levanta ruma a outro

Para rir a desdém

Da minha pobre cara

Me enfureço

Sua puta de tromba

Tu és puta com todas as marcas

De tua maldita vida

E me afogo no copo

Para no mesmo instante

Me ver estatelado ao chão

De rosto batido

Com dor de cabeça

Cabeça, cabeça, aí minha cabeça

Desfaleço

Quando acordo

Estou com a cara cheia de lama

Com todos os ossos quebrados

Jogado no meio da rua

Uma Lua, zomba de mim

E sem poder fazer nada

Começo a rir, rir e chorar

Por não poder mais

Me mecher

Oh! maldita.

Nem sempre tudo é para nossos ouvidos.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 21/04/2005
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