Quem Sabe, Filosofia
A consciência dói quando se vive por viver
Não há valor em estar sem sentir o momento
Ser sem permanecer, imagem sem sombra
Vida sem brilho sem matizes sem sentido.
As mãos que se fecham em fazer por fazer
Num tato sem digitais sem visões futuras
Obras cruas falhas fenecem sem definições
Em vão trabalham seus atos insignificantes.
Um corpo ocupando espaço por ocupar
Sem presença tal qual um nada a ser notado
Se tiveres beleza por si só a embaça apaga
Desperdício, personalidade fraca ser inútil.
No peito um coração que pulsa por obrigação
Não nutri sentimentos por vacilante acomodação
Poderia ser substituído por algo que faça o mesmo trabalho
Pois do amor é perdido todo valor nesse músculo contraído
O ser que só tem valor no ter, extinguir-se
Nada é eterno existe um começo meio e fim
Ficam lembranças que se apagam se não boas
O existir terá sido momento perdido que findou no vácuo
Não quero minha vida assim tão insensível
Quero dar graças aos bons e maus momentos
Desejo ser possuidora de sorrisos mais sinceros
Dar o que de mais puro existe em mim, o amor
Sigo vivendo meus dias insistindo na felicidade
Com as mãos sempre abertas ao partilhar
Faço-me presente entrego sempre meu melhor
Interiormente transbordo amor o que me faz feliz
Não ficarei no vácuo caminharei ao lado
Ocuparei espaços deixarei mensagens
Serei apoio certo nas derrocadas da vida
Farei valer a pena cada instante de nossa existência.