Quem Sabe, Filosofia

A consciência dói quando se vive por viver

Não há valor em estar sem sentir o momento

Ser sem permanecer, imagem sem sombra

Vida sem brilho sem matizes sem sentido.

As mãos que se fecham em fazer por fazer

Num tato sem digitais sem visões futuras

Obras cruas falhas fenecem sem definições

Em vão trabalham seus atos insignificantes.

Um corpo ocupando espaço por ocupar

Sem presença tal qual um nada a ser notado

Se tiveres beleza por si só a embaça apaga

Desperdício, personalidade fraca ser inútil.

No peito um coração que pulsa por obrigação

Não nutri sentimentos por vacilante acomodação

Poderia ser substituído por algo que faça o mesmo trabalho

Pois do amor é perdido todo valor nesse músculo contraído

O ser que só tem valor no ter, extinguir-se

Nada é eterno existe um começo meio e fim

Ficam lembranças que se apagam se não boas

O existir terá sido momento perdido que findou no vácuo

Não quero minha vida assim tão insensível

Quero dar graças aos bons e maus momentos

Desejo ser possuidora de sorrisos mais sinceros

Dar o que de mais puro existe em mim, o amor

Sigo vivendo meus dias insistindo na felicidade

Com as mãos sempre abertas ao partilhar

Faço-me presente entrego sempre meu melhor

Interiormente transbordo amor o que me faz feliz

Não ficarei no vácuo caminharei ao lado

Ocuparei espaços deixarei mensagens

Serei apoio certo nas derrocadas da vida

Farei valer a pena cada instante de nossa existência.

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 21/10/2008
Reeditado em 10/01/2010
Código do texto: T1239434
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