(DES)ESPERANÇA

Nada mais a dizer,

a esperança se foi.

Escorregou-me das mãos

como um objeto querido

que desaparece

na profundeza

de um poço.

Tudo perdido?

Uma voz interior

insiste em dizer não.

Preso ao corpo inda resta

um espírito guerreiro

que alheio ao sofrimento,

quer recomeçar.