Vazio
Escalo as águas de um lago
Entrego-me ao vício do hábito
Sou elogio aos vagabundos e imundos
E tão vaidoso aos detalhes
Ou a qualquer pedaço de sorte
Assim de amar a tagarelice dos hipócritas
E de dar louros a qualquer um de pouca opinião
Que privaste-me de qualquer paz
De qualquer sossego ao sono
Quando eu, pobre de mim, indefeso...
Sou só mais um destes de amar o vazio
E tudo aquilo que ele nos leva.