Pisando na areia do acaso
Pisamos na areia do acaso
e nos deparamos com arestas
de ocasos.
E estás já aí,
no porto quase seguro.
Em meio ao pó
que o asfalto nega,
escorrega d´alma, a trégua
aos galopes dos cavalos de aço,
que embaraçam o trânsito
de corações em descompasso.
Daí pode-se congestionar o olhar.
Fixá-lo em algum astro,
e deixá-lo no rastro de uma estrela cadente.
Todo o resto,
o cosmos consente.