Garganta

Disseram ser minha tristeza pura vaidade

E nunca, nunca nada pessoal

Algo ascendente e, portanto, como um sepulcro

Ainda assim, sempre é auto-estima demais...

Corrói sonho, corrói fígado

Delicadamente corrói.

E então, faz-me sempre não suportar-me

Por existir demais... perpetuamente em demasia

Escolho sempre costurar-me nos mais diversos lábios

Nos diversos lábios horizontais...

E eu, satisfeito como estou, afundo o meu mel na tua garganta

Afundo-o goela abaixo.

Éden
Enviado por Éden em 19/10/2008
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