Garganta
Disseram ser minha tristeza pura vaidade
E nunca, nunca nada pessoal
Algo ascendente e, portanto, como um sepulcro
Ainda assim, sempre é auto-estima demais...
Corrói sonho, corrói fígado
Delicadamente corrói.
E então, faz-me sempre não suportar-me
Por existir demais... perpetuamente em demasia
Escolho sempre costurar-me nos mais diversos lábios
Nos diversos lábios horizontais...
E eu, satisfeito como estou, afundo o meu mel na tua garganta
Afundo-o goela abaixo.