TEMPO
Tempo que passa
no compasso do descompasso
nos arrasta em suas entranhas
causando sensações estranhas.
Tempo que voa em seu revoo
revira o que vira
em nosso passado distante
e no presente nossas vidas errantes.
Tempo de um tempo sem tempo
para as causas de momento
perdidas no ricochetear do ilusório
caindo nos labirintos do compulsório.
Tempo que anda nas desandas
na descompostura da postura
nas reprimendas das emendas
que em nossos dias escorre pelas pias.
Tempo que desce pela ampulheta
escorre pela sarjeta
desaguando no manso do remanso
retidas,deprimidas em nossas vidas.
Tempo em que algum momento
paramos e deparamos parado
que o tempo não para
deparamos com perdas perdidas
com conivências fundidas.