TEMPO

Tempo que passa

no compasso do descompasso

nos arrasta em suas entranhas

causando sensações estranhas.

Tempo que voa em seu revoo

revira o que vira

em nosso passado distante

e no presente nossas vidas errantes.

Tempo de um tempo sem tempo

para as causas de momento

perdidas no ricochetear do ilusório

caindo nos labirintos do compulsório.

Tempo que anda nas desandas

na descompostura da postura

nas reprimendas das emendas

que em nossos dias escorre pelas pias.

Tempo que desce pela ampulheta

escorre pela sarjeta

desaguando no manso do remanso

retidas,deprimidas em nossas vidas.

Tempo em que algum momento

paramos e deparamos parado

que o tempo não para

deparamos com perdas perdidas

com conivências fundidas.

Diney Marques
Enviado por Diney Marques em 18/10/2008
Reeditado em 22/02/2017
Código do texto: T1235547
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