Cores Mornas

Ando pelas ruas, sou velho andarilho

Carrego na bolsa cisnes de cristal

Equilibro-me em edifícios de verniz

Vou vagando sobre os telhados e varais

No meu meio termo...

Molho-me nas chuvas de outubro

Versátil como formas de nuvens

Bebo das gotas da torneira seca

Amaldiçoou-te em tua própria língua

Como um intermédio...

Meio próximo lá do fim ou do começo

Dependo do caminho e de quem olha

Pérolas de concreto, campo de vidro

Vejo cores claras, escuras, quentes, frias...

Cores Mornas, no meu meio termo.

Éden
Enviado por Éden em 18/10/2008
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T1235163