DAS PROCURAS

Fui viajar no horizonte, procurar o meu amor,

a minha outra metade, mas enguicei o motor,

Fiquei com sêde na ida, sofrí de calor, na volta,

me perdí em cada esquina. voltei cabisbaixa e morta

Nos anjos que tropecei, só beijei os diabinhos,

tinham as vestes suadas e asas de passarinho,

A alma gêmea não veio, nem o gomo da laranja,

tive mordidas no seio, cicatriz, como lembrança

Quem jamais se apaixonar ao som de belo bolero,

não se apaixona jamais, nem decifra este mistério,

Voltei logo do horizonte,mais arranhada eu vim,

nem boleros nem amados, nem alma gêmea prá mim.