A ilha

na ilha,

aquela

que se

estende

derredor

de nós:

ali nunca

estive.

Por sorte

Já nascera

Ancorado

Aqui.

Um dia

A um naufrago

Que aqui

passara

perguntei

A vida

Que lá

levara

Ele mo

Dissera

Que se

Alimentara

Mal

Que a sede

Era muita

E Que a

Comida

Era pouca.

E não se

Compensavam.

E que suas ancas

Pareciam

Desabar.

- Mas Naufrago

por que

se

Entupiste

De areia e

Lama e

Lodo e

espinho

Se se

Abria à

Ti, o

Mar?

- tantos

escorpiões

vermes

víboras,

pestes,

gafanhotos,

que se alojavam

as margens

de lá.

Tanta coisa

Ruim, que

O medo

mo impedia

ao azul

chegar.

- Mas com

tanta

Sede , tanta

Fome,

Sem ao menos

Arrefecer ou

Aplacar,

Coragem ao

Espirito não

Vinha dá.?

Ele erubesceu

- veja só

quando

estamos do

lado de lá,

sentimos

a covardia

dominar tudo,

é entranhado

nas coisas.

E fica na gente

Como uma coisa

natural!

- mas naufrago

mo diga

outra coisa,

e o cotidiano de lá,

o costume

Dança, canto,

Musica, religião

Há?

Há algum

ritual?

-Dança, música.

Não corresponde

Com a vida que se leva

Lá, fazer isso é

Blasfemar.

A realidade é crua

E se come com prato

Frio.

Tão frio que

Desce

lentamente

Na goela

desapercebido

Mas que

Que provoca

Feridas,

Que não se

Estacam,

Mas jorram.

A religião,

Isso sim é permitido.

São dos que

Ainda acreditam

Que os homens foram

Feitos para crer.

E por isso

Um deus

Ainda

Amam.

-Mas então

naufrago

O que fizeste

para disso se

desvencilhar

e Aqui são

chegar?

- foi num sonho,

ou antes foi por

causa de um sonho

estava nessa ilha

nessa mesma ilha,

só que nela tinha

coragem e era forte.

Não tinha medo,

E de súbito fui

A margem, aqueles

Seres mo olhavam

Mo fitavam.

Mas nem um

Pouco me

Arrepiavam.

Forçosamente

Abri passagem

Penetre-os

Com unhas,

Sangue escorria

Pelo canto

Da boca.

Membros

Dilatei.

Foi quando acordei

E que aquele gosto

De sangue

ainda ardia

Na boca. Tão

Apetitoso que

Tomei coragem

E fiz como no

Sonho.

-mas mo diga

naufrago, aqui aonde

resolveste ficar,

e familia gerar,

filhos, netos e

sobrinho

Sentes mesmo

Confiança para

Caminhar?

- é como no sonho.

Douglaz K
Enviado por Douglaz K em 17/10/2008
Reeditado em 10/07/2012
Código do texto: T1234320
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