PIPA NOS CÉUS DA BARRA

Arco de rio-mar,

aberturando o sol,

na manhã de cristal.

À beira da piscina,

a pandorga supimpa

ganhou rumo nos céus.

O meninão olhou-a

bem na ponta do fio,

orgulhoso de tê-la

e pimpão de exibi-la.

Distante, lá, no ar...

O vento fustigou

maquinal, delirante

e majestosamente

o engenho de papel.

Outros meninos mais

acorreram a ver

a pipa e, de repente,

ei-la calma, serena...

Quão formidável farra!...

Nas amplidões do espaço,

aos olhos deslumbrados

dos banhistas da Barra,

o céu virou o circo

mais festivo do mundo.

Fort., 17/10/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/10/2008
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