Morte na taça

Promessa vazia

De um fim redentor...

Cálice desabado,

Líquido na mesa a pingar...

Corpo caído,

Aos pés da cadeira tombada...

Escolheu nebulosa estrada,

Para tudo abandonar...

Negou a vida,

A sorte...

Morte na taça,

Que agora está a pingar.

O grito punjente,

De quem encontra a suicida...

O ruído de vidro,

De louça partida...

Uma empregada histérica a gritar.

E quando enfim chega o legista,

No sorriso macabro não está a pista...

Mas na taça tombada,

Da morte avatar.

Covardia e coragem,

Em uma taça mesclada...

Sorriso macabro da condenada...

Nas lábios gelados,

Na pele azulada...

Envenenada...

Por si mesma...

Por da vida se cansar.

Zannah
Enviado por Zannah em 17/10/2008
Código do texto: T1234117
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