A cachoeira

Uma míriade de cores,

Filtradas pela luz,

Que incide em gotas d'água...

Na cachoeira não há lugar para as mágoas...

A fria água vem as dores levar...

A queda veloz,

Onde o vento vem brincar,

Espalha a água em gotas,

Minúsculas...

Prismas perfeitos para luz solar.

Nas gotas que caem

A luz vem se transformar

Em arco íris sagrado,

Enquanto a queda d'água segue o bailado,

Sua própria música a tocar...

Se faz rugir,

Ao longe ecoar...

Sob ela se vai tudo,

Nos tornamos nada,

Esquecemos de tudo em que estávamos a pensar...

Meu corpo quente se entrega

A uma a euforia quase que pagã...

Envolvido pelo frio da água

Na quente manhã...

A mente desliga,

O corpo passa a comandar!

Não quer pensar,

Apenas aproveitar o que sente...

Usufrui, somente,

Da água fria a bater,

Da sensação de se abandonar...

E pela água tão fria,

Ali envolvida,

Esqueço da vida e

Deixo a água minha' lma lavar.

Zannah
Enviado por Zannah em 17/10/2008
Código do texto: T1234111
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