A cachoeira
Uma míriade de cores,
Filtradas pela luz,
Que incide em gotas d'água...
Na cachoeira não há lugar para as mágoas...
A fria água vem as dores levar...
A queda veloz,
Onde o vento vem brincar,
Espalha a água em gotas,
Minúsculas...
Prismas perfeitos para luz solar.
Nas gotas que caem
A luz vem se transformar
Em arco íris sagrado,
Enquanto a queda d'água segue o bailado,
Sua própria música a tocar...
Se faz rugir,
Ao longe ecoar...
Sob ela se vai tudo,
Nos tornamos nada,
Esquecemos de tudo em que estávamos a pensar...
Meu corpo quente se entrega
A uma a euforia quase que pagã...
Envolvido pelo frio da água
Na quente manhã...
A mente desliga,
O corpo passa a comandar!
Não quer pensar,
Apenas aproveitar o que sente...
Usufrui, somente,
Da água fria a bater,
Da sensação de se abandonar...
E pela água tão fria,
Ali envolvida,
Esqueço da vida e
Deixo a água minha' lma lavar.