COMO A ALMA

COMO A ALMA

Cai a chuva de alma leve

nas ribeiras de alma fria.

Cala a ave o canto breve

cala a flor e o fim do dia.

Tanto faz a chuva esteja

só na aragem do jardim.

Essa brisa que me beija

fica bem dentro de mim.

Cai a noite e seu trajeto

vira alfombra enluarada

como a mágica do afeto

nos olhos da namorada.

Cai a aurora e vai a lua

no meu sonho rotineiro

de ficar minh’alma nua

no calor do travesseiro.

Cai a chuva e cai a vida

onde cai tanta saudade.

E minh’alma anoitecida

é uma eterna claridade!

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 17/10/2008
Código do texto: T1234095
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