Dona Ana

E bem que o poeta avisou

Que um dia teus filhos iam embora

Ah, e como eles pediram-te aplausos

Como pediram-te platéia

Mas deixaste teus filhos assim, órfãos e mudos...

Não é mesmo, dona Ana?

Deixaste-os sozinhos no sereno

E sozinhos, descobriram haver no mundo mais estrelas que no céu

E cansados de sua casa sem brilho nenhum

Resolveram fugir

Fugir para brilhar em qualquer outro palco...

E tu que tinhas tantos filhos pródigos, dona Ana.

E se quiseres culpar alguém, culpa teus braços curtos...

Que não pôde abraçar um só filho teu.

Éden
Enviado por Éden em 17/10/2008
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